sexta-feira, 2 de maio de 2008

Rã-verde

A Rã-verde ou Rã-comum, Rana perezi, é o anfíbio mais abundante e fácil de observar em Portugal. Geralmente não ultrapassa os 7 cm de comprimento. Possui olhos proeminentes, próximos entre si, com pupila horizontal. Os tímpanos, situados atrás dos olhos, são bem visíveis, o que a distingue da Rã-ibérica (R. ibérica). Os membros posteriores são compridos e com membrana interdigital bem desenvolvida. Distingue-se facilmente da Rã-de-focinho-ponteagudo (Discoglossos galganoi) porque os membros posteriores, quando esticados na direcção do focinho o ultrapassam. A coloração dorsal é esverdeada ou acastanhada (por vezes surgem exemplares muito escuros) com manchas escuras de disposição irregular. Tem duas pregas glandulares muito marcadas dorso-lateralmente e com frequência possui uma linha vertebral verde clara. Ventralmente é esbranquiçada com manchas cinzentas de tamanho variável.

Os machos apresentam um saco vocal externo de cor cinzenta. Quando o saco vocal não está insuflado, é fácil observar as pregas cutâneas de cada lado da boca. Os machos têm os membros anteriores proporcionalmente maiores, com ante-braços mais robustos. Na época de reprodução têm calosidades nupciais escuras na parte interna do 1º dedo. As fêmeas são em geral maiores que os machos. Os girinos desta espécie podem atingir 7 cm de comprimento mas ao eclodirem medem entre 4 a 6 mm. Têm espiráculo lateral. Superiormente são esverdeados com manchas ou pontos escuros. A cauda apresenta manchas ou linhas escuras bem visíveis e é afilada na extremidade.



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